Uma ode à Coleção.
Uma ode à Coleção.
Enquanto navego pelo site da Coleção Calmon-Stock, penso no “depósito do que aí está”, que escreveu João Cabral de Melo Neto. Instigada por seu Museu de Tudo, me encanta imaginar este espaço virtual também enquanto arquivo, em todo seu potencial instigante. O “tudo”, aqui, assume os contornos da Coleção em si, suas pulsões, elaborações e mudanças, aliadas a toda uma constelação de investigações abrangentes. Mais do que apenas dados e reproduções fotográficas das obras constituintes, o site da Coleção Calmon-Stock reúne referências, belíssimos textos críticos e filosóficos, além de um potente ensaio dos próprios colecionadores (em que o processo de formação deste agrupamento é sensivelmente revisitado). A união das obras junto a estas reflexões em um mesmo espaço digital viabiliza um arquivo onde nos é oferecida não apenas uma Coleção (em seu sentido estrito e material), mas também todo o vivo universo de pensamento que a circunda.