A arquitetura do mercado da arte, uma introdução
A arquitetura do mercado da arte, uma introdução.
DESDE O SURGIMENTO do mercado da arte moderna na primeira metade do século XIX, os comerciantes da arte definiram sua própria identidade como promotores e patronos desinteressados ao invés de mercadores ou negociadores da arte. Em uma época na qual mercados varejistas se desenvolveram e estabelecimentos comerciais surgiram na maioria das metrópoles da Europa Ocidental, os comerciantes da arte se desviaram do comércio e da busca de novos consumidores. Eles foram rápidos em remodelar seus estabelecimentos “ideologicamente,” como escreve um historiador, do “equivalente a comerciantes de livros e antiquários a rivais de museus”. Além disso, comerciantes da arte ficaram receosos de serem identificados com a elite econômica que formava sua clientela, e, em vez disso, estabeleceram estreitas relações com artistas, críticos, acadêmicos e intelectuais.