Sobre
Iniciada no ano 2000 por Roberto Calmon e André Stock, a Coleção Calmon-Stock é um panorama das três primeiras décadas do século XXI, que mantém como fio condutor o apoio incondicional aos jovens artistas contemporâneos, às jovens galerias de arte e aos coletivos de arte políticos. Desde então os colecionadores têm colaborado com empréstimos para exposições no Centro Cultural Banco do Brasil, Caixa Cultural, Museu da Língua Portuguesa, MAM Rio, Centro Cultural Maria Antônia, Fundação Ecarta, ArtRio, entre outros. Desde um ponto de vista teórico, é principalmente a estética kantiana em suas interpretações contemporâneas que surge como farol e como caminho para os colecionadores nas discussões e escolhas com os artistas, galeristas e curadores, no ato de sempre repensar a questão da autonomia do juízo estético para além das esferas estritas da arte ou de uma suposta autonomia do belo.
As interpretações contemporâneas da “Crítica do Juízo” são as chaves teóricas para pensar o caminho, pois nelas se somam as questões que interessam à coleção, isto é, a arte, o belo, a obra, a política, a ética, os possíveis sentidos do mundo e, com mais precisão, a ideia política da arte como criadora de novos sentidos comuns para a comunidade. A Coleção Calmon-Stock terá sempre o dever de olhar para o percurso dos artistas, das obras, das instituições e das ações sociais na arte, no desígnio de contribuir com diferentes maneiras de olhar, viver, expressar e organizar o mundo. Cientes dos altíssimos critérios da arte, da crítica de arte, da história da arte e, principalmente, da estética como disciplina, a coleção procura traduzir uma horizontalidade no modo de enxergar o que é uma coleção de arte brasileira. Conviver com tantas obras, consagradas ou não, e com tantas histórias diversas, é não somente um privilégio, mas também um compromisso com a diversidade e com o fomento da igualdade. Como colecionadores, que transitam também em outras áreas do conhecimento, essa parece ser uma vereda natural.